Profissional de enfermagem que foi destaque no “Fantástico” conta como foi ser homenageado de surpresa

Na primeira edição do ano do programa “Fantástico”, em 6 de janeiro, o ator Thiago Lacerda estreou o quadro “Gratidão”, para dar a oportunidade de pessoas manifestarem o seu obrigado para aquelas que, de alguma forma, mudaram suas vidas. A história do enfermeiro Antônio Pedro Rodrigues dos Santos Neto, inaugurou a série. Ele quebrou um protocolo hospitalar para permitir que um paciente terminal falecesse ao lado dos filhos.

Emocionada, a esteticista Renata Silva, esposa do paciente, contou em entrevista que o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) só permitia um acompanhante por vez para cada paciente e que o maior medo de seu marido, Eros, era falecer sem a presença dos dois filhos do casal.

“Minha filha saiu do quarto e me falou: ‘mãe, chama o júnior que o enfermeiro liberou para que dois fiquem com o pai’. Meu filho chegou, deu a mão para o meu marido e ele faleceu com os dois filhos ao lado, como ele queria”, contou Renata.

Ela narrou sua história durante um Simpósio que foi programado com o objetivo de colocar o enfermeiro Antônio na plateia e ser surpreendido com o agradecimento da esteticista, seis anos após o ocorrido.

“Na hora que percebi que eu era o enfermeiro que ela estava agradecendo, senti emoção. Fiquei bastante emocionado porque eu até então tinha sido convidado para um Simpósio que o Instituto do Câncer tinha feito e convidado ex-colaboradores. Quando comecei a entender que era comigo, a emoção bateu mais forte”, contou Antônio ao Coren-SP.

Ele conta que tem recebido elogios após a veiculação da reportagem pelo “Fantástico”. “Muitos amigos e familiares me elogiaram, pessoas me agradeceram pelo meu gesto e atitude”, contou.

O enfermeiro explicou que, em sua opinião, a atitude para com o marido de Renata foi apenas o princípio daquilo que se estuda na faculdade de enfermagem. “É fazer aquilo que você gostaria que tivessem fazendo para você, tratar aquele cliente de uma forma como se ele fosse alguém da sua família, algum conhecido, sem diferença de raça ou sexo”, finaliza.