Enfermeira realiza ação social distribuindo alimentos em comunidade

“Creio que no atual cenário que esta pandemia nos inseriu, não há como não objetivar uma ação de amor ao próximo. A enfermagem sempre atuou no respeito e valorização à vida”. É assim que a enfermeira Vanessa de Fátima Scarcella define a ação social que ela e seus alunos protagonizam em meio às comunidades da sua região.

Enfermeira Vanessa e sua equipe

Intitulado de “Ação pela vida – é hora de amar uns aos outros”, Vanessa explica que o projeto tem se tornado mais recorrente após a pandemia, graças a união da direção, professores e alunos que lutam todos os dias na busca da arrecadação de alimentos e no cadastramento de famílias afetadas pela crise econômica instalada com a Covid-19.

 A enfermeira ainda explica que mantém a responsabilidade de formar profissionais humanizados e sempre mobilizou seus alunos para campanhas sociais. Segundo ela, formar um profissional vai muito além de livros, lápis e borracha.

“Os alunos precisam vivenciar o real, precisam sentir de perto o que sente outra alma humana, para só assim poder tocá-la como única. A enfermagem vai muito além de trocar uma fralda ou dar um banho. Nós lidamos com o ser humano em seu pior momento de vida, no momento da doença, em que seus medos são aflorados, sua insegurança impera e seus sonhos são colocados a prova. Ações sociais se fazem necessárias em todos os momentos de vida na construção de um ser humano”, analisa a enfermeira.

“Ações sociais se fazem necessárias em todos os momentos de vida na construção de um ser humano”, diz a enfermeira

Vanessa conta que o processo de arrecadação é feito pela internet e a escola é o ponto de troca, onde as pessoas trocam alimentos por máscaras de proteção, que são confeccionados por uma aluna. Quando conseguem arrecadar uma quantidade suficiente de alimentos, a distribuição começa a ser feita.

“Entramos em comunidades, sob sol e chuva, onde o acesso é muito difícil. Sinto que minha responsabilidade aumentou e que o ser humano vai muito além da ausência de doença. Agora precisamos cada vez mais utilizar a visão holística e ver o ser humano como um todo, atendendo todas as suas necessidades básicas. Afinal, este é o legado deixado por Florence Ningthgale, a enfermagem na linha de frente, em meio à guerra e ao caos instalado”, finaliza.