Enfermeira coordena campanha de prevenção ao HIV e à sífilis em Sorocaba

Dezembro é mês de prevenção ao HIV e à sífilis. Por isso, como parte da campanha Dezembro Vermelho, a Secretaria de Saúde de Sorocaba está realizando uma campanha com o objetivo de intensificar ações e promover a sensibilização da população em relação à transmissão do vírus HIV e da sífilis. A coordenação do projeto está a cargo da enfermeira Helena Solla.

Helena é coordenadora do CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento) e do Programa Municipal IST/HIV (ambos de Sorocaba). A enfermeira afirma que vivemos atualmente em um cenário epidemiológico crítico, especialmente em relação à sífilis. “Estamos vivendo tempos de epidemia, não somente aqui em Sorocaba, mas no país todo. A sífilis, por exemplo, teve um aumento em 138% em gestantes e no restante da população um aumento de 66%. A transmissão dessa e de outras doenças é resultado de relações sexuais desprotegidas”.

De acordo com Helena, para auxiliar a população no tratamento e na prevenção das IST, são realizadas coletas de duas formas: o teste rápido e o convencional (realizado em laboratórios). O teste rápido pode ser realizado no CTA, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), no ônibus rosa ou azul (unidades móveis que oferecem atendimentos nas áreas de ginecologia e urologia), no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD) III e nas unidades de penitenciária de Sorocaba. A enfermeira conta que somente no ano de 2018 foram realizadas mais de 21 ações do serviço de saúde.

Enfermeira Helena Solla

Helena ressalta a importância da atuação do papel da enfermagem e como ela auxilia nas questões de acolhimento e humanização. “A enfermagem tem um papel fundamental do início ao fim, tanto na questão do acolhimento e aconselhamento, quanto o gerenciamento de riscos sexuais do paciente. O profissional auxilia na solicitação dos exames, na realização de testes rápidos, na emissão de laudos, na divulgação do resultado ao paciente, na prescrição do tratamento da sífilis, já que aqui no CTA, quem faz essa prescrição é o próprio enfermeiro”.

Ela também esclarece sobre a importância da ação em prol da saúde pública e individual. “Pensando na saúde individual, quanto antes a pessoa for acolhida e testada, mais cedo ela iniciará o tratamento e conseguirá alcançar a cura, no caso da sífilis, ou controlar a carga viral da doença, no caso do HIV. Em questões de saúde pública, quanto mais pessoas eu tenho, adequadamente, tratadas, curadas ou controladas, menos transmissão da doença ocorrerá”.

Outro ponto abordado pela enfermeira são os casos de HIV e sífilis nas crianças atualmente, já que é possível evitar completamente a transmissão da doença de mães para os bebês. “É possível que muitas mulheres com HIV ou sífilis possam dar à luz a bebês saudáveis, já que a medicação que elas utilizam passam pela barreira placentária, atinge o bebê e o cura. O foco também está nas crianças, mas antes é preciso cuidar da cadeia de transmissão que se encontra nos adultos”, finaliza Helena.