Enfermagem: o elo entre o paciente e a assistência segura

Diz o ditado: é melhor prevenir do que remediar. Quando o assunto é atendimento em saúde essa lógica faz ainda mais sentido, afinal, trata-se do cuidado com seres humanos. A prevenção é o principal caminho para garantir a segurança do paciente e os profissionais de Enfermagem têm papel fundamental nesse contexto, assumindo responsabilidades que vão desde a higienização correta das mãos até a conscientização e o envolvimento do paciente na sua própria segurança.

O Brasil faz parte da Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2000, com o objetivo de adotar medidas de melhoria no atendimento e aumentar a qualidade dos serviços de saúde. Ao lado dos outros países que aderiram à aliança, o país está politicamente comprometido com esses propósitos. Para isso, o Ministério da Saúde instituiu em 1º de abril de 2013, por meio da Portaria nº 529, o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP).

Para guiar esse trabalho dentro das unidades de saúde, a Joint Commission International – organização não governamental norte-americana –, em parceria com a OMS, estabeleceu seis metas internacionais de segurança do paciente, com o objetivo de promover melhorias específicas em situações da assistência consideradas de maior risco, sendo elas: identificação correta do paciente, comunicação efetiva, uso seguro de medicamentos, cirurgia segura, prevenção de risco de infecções e prevenção de risco de quedas. Adotadas por instituições de todo o mundo, como forma de oferecer um atendimento cada vez melhor e adequado, elas estão permeando a atuação dos profissionais de Enfermagem no Brasil. “O papel da Enfermagem é fundamental, porque os profissionais da área estão em contato direto com o paciente e com os demais profissionais que o atendem”, explica a professora Liliane Bauer Feldman, coordenadora do Grupo de Trabalho (GT) de Segurança do Paciente do Coren-SP, membro da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente (Rebraensp) e autora do livro Gestão de Risco e Segurança Hospitalar – prevenção de danos ao paciente, notificação, auditoria de risco, aplicabilidade de ferramentas, monitoramento.

De acordo com Liliane, numerosas medidas devem ser adotadas pelos profissionais de saúde para assegurar a segurança integral do paciente. “O processo de identificação é o primeiro passo seguro para que não haja troca de paciente para fazer exame, erro de atendimento ou de diagnóstico. Por isso, a pulseira de identificação é muito importante”, alerta.

O uso da pulseira é uma prática comum nas unidades de internação brasileiras. No Hospital São Camilo, elas não apenas identificam o paciente, como sinalizam o tipo de risco ao qual ele está sujeito, por meio de cores. “Nós usamos a pulseira laranja para identificar o paciente que tem risco de queda. Fazemos a identificação de acordo com a patologia e medicações também”, relata Fernanda Claudine, enfermeira do Hospital São Camilo.

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