Coren-SP sedia reunião sobre atuação da enfermagem na Ozonioterapia, promovido pelo Cofen

O Coren-SP sediou nesta segunda-feira (18/03), uma reunião promovida pelo Cofen com sociedades e associações para discutir o andamento da proposta sobre a atuação da enfermagem na Ozonioterapia (terapia de ozônio), no tratamento de feridas.

Representantes da SOBESE, SOBENFeE, SOBEST, ABOZ, PICs Cofen, SOBENDE e ABENAH

O Conselho Federal, por meio da Portaria Cofen 1432/2018, criou um grupo de trabalho (GT) para estudar a regulamentação da atuação do enfermeiro nessa área, pois é importante ter o conhecimento da quantidade de profissionais que já trabalham com essa ferramenta e suas práticas, para subsidiar a proposta normativa que será levada ao plenário do Cofen.

A conselheira federal Márcia Coelho dos Santos ressalta a importância da apresentação em plenária. “A nossa meta é garantir o respaldo da lei do exercício profissional para que as equipes de enfermagem continuem atuando com segurança”, diz.

O vice-presidente do Coren-SP, Cláudio Silveira, realizou a abertura do evento e explicou o motivo do encontro.“O objetivo dessa reunião é esclarecer dúvidas sobre o uso do Ozônio e apresentar propostas para que os profissionais de enfermagem possam atuar com autonomia e segurança”, diz.

O vice-presidente Cláudio Silveira durante abertura

Entre os participantes, estavam a comissão de Práticas Integrativas Complementares do Cofen (PICs), a Sociedade Brasileira de Enfermeiros em Saúde Estética (SOBESE), a Sociedade Brasileira de Enfermagem em Feridas e Estética de São Paulo e Pernambuco (SOBENFeE), a Sociedade Brasileira de Enfermagem em Dermatologia (SOBENDE), a Associação Brasileira de Enfermeiros Acupunturistas e Enfermeiros de Práticas Integrativas (ABENAH), a Associação Brasileira de Estomaterapia (SOBEST) e a Associação Brasileira de Ozonioterapia (ABOZ).

A enfermeira da educação continuada da ABOZ, Drª. Ana Cristina de Almeida da Silva, explica que a associação ministra cursos e realiza congressos para que os enfermeiros possam se familiarizar com o uso de ozônio.

A presidente da SOBENFeE, Drª. Carmela Alencar, reforça a ideia sobre a conquista de autonomia dos profissionais. “Nós queremos levar a Ozonioterapia para o tratamento das feridas, mas, também, temos que ter evidências científicas. Precisamos ter algo palpável para que este projeto não seja vetado”.

A Drª. Ana Cecília Coelho de Melo, representante da ABENAH, conta que a Universidade Federal de Goiás (UFG), desenvolve em parceria com a associação, pesquisas para coletar informações baseadas na ciência, para comprovar a eficácia do uso de ozônio em feridas.

Para a representante da Sobende, Drª. Lina Monetta e a Drª. Ana Cristina de Sá da PICs Cofen, as evidências científicas agregam valor para que a proposta possa ser aceita. Ambas afirmam que o enfermeiro deve fazer o uso da substância baseado em conhecimentos científicos, oferecendo assim um serviço eficiente e seguro para o bem-estar do paciente.

O Cofen lançou uma consulta pública, para que a enfermagem manifeste suas contribuições sobre o tema. Acesse aqui.

O que é Ozonioterapia?

O gás de ozônio utilizado para fins medicinais é, na realidade, uma mistura dos gases oxigênio e ozônio. O ozônio desta mistura é produzido a partir de oxigênio puro medicinal e, por este motivo, a mistura gasosa é utilizada para fins de tratamento de doenças variadas. Essa ação terapêutica é chamada de Ozonioterapia. É importante ressaltar que o ozônio é naturalmente produzido no organismo humano, no processo de ativação de anticorpos, motivo pelo qual é considerada uma biomolécula (molécula biológica).

Moléculas de ozônio