Coren-SP repudia violência contra estagiária da UPA Jaguaré, em Rio Preto

O combate à violência praticada contra os profissionais de enfermagem é uma das bandeiras do Coren-SP. Lamentavelmente, no dia 12 de março, uma estagiária de técnica de enfermagem, de 19 anos, foi agredida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Jaguaré, em São José do Rio Preto. O ato foi praticado por uma paciente, que exigia ser atendida imediatamente. A vítima sofreu agressão verbal e física, sendo atingida no braço com um capacete.

O Coren-SP repudia veementemente qualquer forma de violência contra a enfermagem e destaca que o atendimento nas instituições necessita seguir protocolos de classificação de risco e é fundamental que este critério seja esclarecido à população.

A violência contra os profissionais de saúde é considerada uma epidemia mundial. Esses trabalhadores, em muitos casos, enfrentam grandes desafios para a prática profissional e a garantia do acesso universal dos cidadãos à assistência, como a falta de insumos, desvalorização salarial, amplas jornadas de trabalho, entre outros, e, assim como os cidadãos, clamam por uma saúde de qualidade.  Portanto, é inadmissível que sejam vítimas do descontentamento de usuários em relação aos serviços ofertados nas instituições.

Vale destacar que a violência praticada contra a enfermagem causa prejuízos inestimáveis ao atendimento, pois resulta no adoecimento físico e mental dos profissionais e corrobora para altos níveis de presenteísmo e absenteísmo.

O Coren-SP segue firme na sua luta contra esta realidade. Inclusive, entrou em contato com a UPA Jaguaré, para acompanhar o caso.  Também reiteramos a realização de sessões de Desagravo Público, as campanhas de conscientização, o diálogo com autoridades e a implantação de fluxos de acolhimento e proteção das vítimas. A busca por uma saúde universal, integral e digna à população só é possível a partir da união e mobilização de diversos atores sociais, envolvendo profissionais de saúde e cidadãos.