Coren-SP e Articulação Nacional da Enfermagem Negra promovem parceria em prol da igualdade racial
O Coren-SP e a Articulação Nacional da Enfermagem Negra (Anen) estão dialogando sobre a estruturação de uma parceria institucional que visa estabelecer e viabilizar uma série de ações de combate ao racismo estrutural enfrentado pelos profissionais de enfermagem negros. Para estabelecer diretrizes e ações, representantes de ambas as instituições se reuniram nos dias 20/7 e 3/8.
Formada por profissionais de enfermagem de todo o país, a Anen foi representada pelas enfermeiras Alva Helena de Almeida, Paula Vieira, Leila Rocha (de São Paulo), Leila Coutinho (do Rio Grande do Sul) e Rosário Trindade (de Pernambuco) e pelo enfermeiro Roudom Moura (também de São Paulo). A primeira-secretária do Coren-SP, Eduarda Ribeiro, representou a diretoria do conselho. Também participaram a gerente de comunicação, Yasmim Taha, e o assessor de imprensa do Coren-SP, Alexandre Moitinho.
Dentre os principais temas debatidos, estão a abordagem de uma formação antirracista de forma transversal (desde a formação até a educação continuada), o combate a situações de discriminação racial durante a assistência, a promoção da representatividade de profissionais negros na comunicação institucional, o resgate da trajetória desses profissionais na profissão, boas práticas e o combate a invisibilidade, entre outras ações.
“Nos é muito valiosa a luta pelo rompimento dessa invisibilidade dos profissionais negros. Essa é uma grande empreitada que a gente trava contra esse racismo que apaga a nossa história e a nossa ancestralidade”, destaca Alva Helena de Almeida.
Já se comprometendo a colocar em prática as iniciativas debatidas, o Coren-SP abriu seus eventos online sobre a Semana Mundial do Aleitamento com a palestra “Qual a importância do recorte étnico-racial?”, ministrada pela enfermeira Paula Vieira, e, também, passará a incorporar a temática raça/cor como transversal em suas ações.
“Combater o racismo estrutural é um compromisso da gestão 2021-2023 do Coren-SP, pois entendemos que a discriminação – além de crime – é um fator que causa impactos negativos imediatos e constantes à enfermagem, que é composta em sua maioria por mulheres negras”, destaca a primeira-secretária do Coren-SP, Eduarda Ribeiro.
O Coren-SP se compromete também a traçar medidas de enfrentamento ao racismo estrutural em suas transmissões nos programas Coren-SP Sem Fronteiras e Cuidando de Quem Cuida, nas atividades do Coren-SP Educação, nas publicações em seus canais de comunicação, na inclusão do quesito raça/cor em todos seus levantamentos (para que o recorte racial também norteie a tomada de decisões) e na criação de um grupo de trabalho de políticas afirmativas, que norteará toda a atuação do conselho nessa temática.
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