Conquistas e desafios da categoria são discutidos no encerramento da Semana no ABC

A defesa do SUS, o protagonismo da Enfermagem e a participação da categoria na construção das políticas públicas foram os pontos defendidos pela presidente do Coren-SP, Fabíola de Campos Braga Mattozinho, durante o encerramento da Semana de Enfermagem do Coren-SP no ABC, segunda-feira à noite, na Universidade Anhanguera de São Bernardo do Campo.

A presidente Fabíola Mattozinho entre a gerente de Enfermagem do Hospital Anchieta, Márcia Mazotti; a coordenadora dos cursos de graduação da Anhanguera São Bernardo, Zaira Bárbara da Silva; a chefe técnica da Subseção de Santo André, Sheila Aparecida Tetamanti e o conselheiro Luciano Rodrigues

“Somos uma categoria que trabalha com a qualidade. Temos que estar convictos que fazemos a diferença na assistência à saúde desse país. Avançamos muito nos últimos 90 anos, com grandes conquistas, mas ainda temos desafios pela frente”, disse, referindo-se à criação da ABEn-SP, em 1926.

A participação política e social da categoria foi defendida pela presidente Fabíola Mattozinho

Fabíola citou como vitórias recentes a publicação pela ANS da Resolução 398, que regulamenta o credenciamento de enfermeiros obstétricos e obstetrizes no âmbito da saúde suplementar e a publicação do Decreto nº 8754/2016, que tornou obrigatória a validação do Conselho Nacional de Saúde (CNS) para criação de novos cursos de Enfermagem.

A presidente Fabíola Mattozinho com os organizadores da Semana do Coren-SP em São Bernardo

Entre os desafios, citou o combate à violência aos profissionais, que tem recebido atenção especial do Coren-SP e foi alvo de campanha em parceria com o Cremesp. “Como dizia Wanda Horta, somos profissionais comprometidos com o outro e isso inclui o paciente e a equipe. O combate à violência não depende de investimentos por parte da instituição, depende de boa vontade dos gestores para criação de um fluxo de acolhimento aos profissionais agredidos”, recomendou.

Conselheiros e participantes da Semana do Coren-SP em São Bernardo do Campo

O Ensino a Distância (EaD) também foi abordado pela presidente. O Coren-SP solicitou à Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do estado de São Paulo (Alesp),  e será realizada em 27 junho,  audiência pública para discutir as questões do EaD na Enfermagem. 

Redução da jornada

A luta pelas 30 horas foi lembrada pelo conselheiro Luciano Rodrigues. Ele revelou que a Comissão de Relações Institucionais (CRI) do Coren-SP está trabalhando a questão em mais de 100 municípios no estado de São Paulo, assessorando grupos de trabalho para apresentação de projetos de lei nas câmaras municipais. A iniciativa tem sido alternativa enquanto não há aprovação do PL 2295/2000 na Câmara dos Deputados, em Brasília. “Sem a Enfermagem é impossível fazer saúde pública nesse país. Queremos as 30 horas para cuidarmos melhor das pessoas”, defendeu.

O conselheiro Luciano Rodrigues falou da importância das 30h para a melhoria da qualidade do atendimento à população