Botucatu: Violência contra profissionais é debatida durante Semana da Enfermagem

A Semana da Enfermagem de Botucatu abordou temas de extrema relevância no cotidiano da enfermagem, como a violência praticada contra a os profissionais nas instituições de saúde. A atividade foi realizada na última quinta-feira (11), e lotou o campus da Unesp. O lema do evento neste ano é ‘Enfermagem na Linha de Frente Transformando o Cuidado” e, para divulgar a importância da categoria nesse contexto, o Coren-SP lançou a campanha ‘A Enfermagem Faz Parte da Vida’.

Abertura oficial da Semana de Enfermagem de Botucatu

 

Participaram da abertura do encontro o superintendente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, André Luis Balbi; a gerente de enfermagem da instituição, Barbara Priscilla Nery; a representante da prefeitura de Botucatu e coordenadora da área de educação permanente da Secretaria de Saúde, Christina Henzley; e a chefe-técnica da subseção do Coren-SP no município, Mariana Cristina Augusto. “É um grande prazer organizar essa semana com integrantes da Comissão cada vez mais envolvidos no processo. O tema da Semana da Enfermagem desse ano tem tudo a ver com a nossa atuação, afinal estamos realmente à frente do cuidado”, disse Mariana. 

Após a abertura, a presidente do Coren-SP, Fabíola Campos, e a conselheira Marcília Bonacordi Gonçalves, realizaram uma homenagem para a enfermeira Antônia Leonilda Suman, que atuou 44 anos no exercício da profissão, sendo 27 dedicados a pacientes oncológicos; e para a auxiliar de enfermagem Claudete Dias Cordeiro, que atuou no centro de Saúde Escola de Botucatu. 

Homenagem a profissionais que fizeram a diferença na assistência da região 

 

O tema da violência praticada contra os profissionais de enfermagem foi apresentado pela presidente Fabíola Campos, que mostrou uma pesquisa realizada pelo Coren-SP. Os dados revelam que mais de 70% dos profissionais de enfermagem já sofreram algum tipo de agressão no ambiente profissional. Ela destacou a necessidade de combater essa realidade e de promover o acolhimento das vítimas. “Os profissionais e a instituições muitas vezes não sabem como agir em casos de violência. Por isso, é fundamental estabelecer fluxos de acolhimento e encaminhamento das vítimas e planos de ação”, disse. 

Fabíola apresentou a camapnha Violência Não Resolve, desenvolvida pelo Coren-SP para conscientizar a sociedade e as instituições. Em 2017, foi realizado um encontro com as Comissões de Ética de Enfermagem e de Medicina para discutir o tema. “A violência gera inúmeros impactos na vida do profissional, como absenteísmo, presenteísmo e estresse pós traumático”, pontuou. 

Fabíola falou sobre o combate à violência 

 

Uma mesa-redonda deu prosseguimento aos debates sobre o tema, com o objetivo de formular propostas para a prevenção e o enfrentamento. Participaram da atividade a docente do departamento de enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu da Unesp, Eliana Mara Braga; a coordenadora do curso de enfermagem das Faculdades Integradas de Jaú, Renata Cristina Oliveira; e o coordenador do Grupo de Trabalho de Saúde Mental do Coren-SP, João Marcolan. A moderação foi realizada por Simone Buchigani, professora da universidade Marechal Rondon.