Biocurativo proposto por enfermeira participa de aceleração tecnológica do Senai-SP
“O Conselho Federal, junto como todos os ecossistemas do Conselhos Regionais de Enfermagem, foi muito importante porque me aproximou muito dessa estratégia de empreendedorismo tecnológico”, relata Érica Bezerra
Curativo biotecnológico com base em biomassa de substrato da indústria florestal, que possa ser gerado por impressão 3d, é a aposta da enfermeira Érica Bezerra, integrante da Câmara Técnica de Empreendedorismo e Gestão de Negócios em Enfermagem do Cofen, para solucionar duas grandes questões: o alto custo dos curativos de alta eficiência para o tratamento de feridas agudas e crônicas e a sustentabilidade da indústria florestal, com reaproveitamento de resíduos.
Fruto da pesquisa da doutoranda Érica Bezerra, a startup Ecoprint, lançada em parceria com sócios da engenharia florestal e química, foi contemplada por edital de aceleração tecnológica de startups do Uplab do Senai-SP. O edital selecionou 30 startups com soluções impactantes para a indústria, dentre as 364 apresentadas. Somente uma delas é do Nordeste, a Ecoprint. “A gente vai desenvolver nossa tecnologia junto aos laboratórios técnicos de engenharia de materiais, em conexão com a indústria, com esse apoio do Uplab do Senai-SP”, explica Érica. A startup recebeu, com o edital, R$ 250 mil em fomento.
“O Conselho Federal, junto como todos os ecossistemas dos Conselhos Regionais de Enfermagem, foi muito importante porque me aproximou muito dessa estratégia de empreendedorismo tecnológico, que chamamos de startup“, relata. “Através da Comissão Nacional de Inovação e Empreendedorismo (CNIE), agora transformada em câmara técnica, tive oportunidade de conviver com nossa então coordenadora, Marta Pereira, que está em um pólo grande de inovação, com uma relação forte com o Supera Parque da USP, em Ribeirão Preto/SP. Esse contato e a aproximação como o ecossistema de inovação tecnológica foi o pontapé inicial. A partir daí eu me envolvi com os ecossistemas locais”, conta Érica, que atualmente é líder da comunidade de startups SaltValley, em Mossoró.
“A questão do financiamento para o negócio me incentivou a estudar cada ver mais para tirar do papel a ideia”, afirma a enfermeira de Mossoró/RN, professora da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) e doutoranda do Programa de Desenvolvimento e Meio Ambiente na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Uma das fases mais desafiadoras para as startups, o investimento financeiro demanda certo amadurecimento da ideia. Alternativas envolvem desde editais de fomento, investimento anjo, fundos de capital de risco, investimento corporativo e grupos de investimentos.
“Iniciativas empreendedoras como a de Érica estão ocorrendo cada vez mais pelo Brasil, e destacam o papel amplo da Enfermagem que pode ocupar múltiplos espaços e tem alto potencial para inovar e empreender, seja com novos produtos, serviços ou melhoria de processos de trabalhos. O Cofen, através da sua Camara Técnica de Empreendedorismo e Gestão de Negócios atua na capacitação da enfermagem, estimulando essas iniciativas”, afirma a conselheira federal Ludimila Cunha, coordenadora da câmara técnica.
Empreendedorismo e inovação – Fazer as perguntas certas para encontrar as melhores respostas em direção de um objetivo maior. Com a premissa de direcionar reflexões, o Cofen lançou a Serie Perguntas e Respostas sobre Empreendedorismo e Inovação em Enfermagem. A publicação, disponível gratuitamente no CofenPlay, é uma ferramenta de apoio ao futuro empreendedor da Saúde.
Fonte: Ascom/Cofen
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