Atuação da enfermagem de Limeira recebe menção honrosa pelo tratamento da tuberculose

O município de Limeira recebeu uma menção honrosa pela qualidade no tratamento de pacientes com tuberculose. A conquista aconteceu durante o 20º Fórum Estadual da Tuberculose, promovido pela Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, na quinta-feira (16/9), em um evento online.

Limeira atingiu um índice de cura superior a 80% e isso foi possível devido ao planejamento adotado conforme orientação do Programa Nacional de Controle da Tuberculose. “Essas estratégias têm contribuindo com o aumento das taxas de cura entre os pacientes que iniciam o tratamento para Tuberculose e, também, para a redução na taxa por abandono do tratamento”, salienta a enfermeira Faedra Rosada, diretora do departamento de atenção primária.

De acordo com a enfermeira Denise Ferro, chefe de relacionamento da Atenção Básica, a enfermagem foi de suma importância para essa conquista. A maioria dos pacientes recebe a medicação supervisionada nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde o profissional de enfermagem faz a administração da medicação, o controle das informações e comunica a vigilância epidemiológica quando o doente falta, assim como realiza ou supervisiona a busca ativa do paciente em casos de faltas ao tratamento.

“Para aqueles pacientes que não possuem possibilidade de deslocamento, seja por condições de saúde ou por distância da UBS, o auxiliar de enfermagem faz a visita domiciliar diária. Nestas circunstâncias, a administração da medicação é realizada na residência do paciente ou em outros locais onde ele possa ser localizado, por meio do “Consultório de Rua” (serviço oferecido pelo SUS para as pessoas em situação de rua)”, explica Denise.

A tuberculose é uma doença que possui um tratamento prolongado, com tempo mínimo de seis meses, podendo chegar a até nove meses. Segundo Amélia Maria Pereira Silva, chefe da divisão de vigilância epidemiológica, em 2019 foram registrados 66 casos novos, obtendo uma taxa de cura de 74,2%, com 15,1% de abandono e 9% de óbito. As estatísticas para o ano 2020 foram de 61 casos novos, taxa de cura de 81,97%, com 9,84% de abandono e 4,9% de óbito.

“Os esforços desta secretaria continuam mesmo com todas as adversidades decorrentes do cenário pandêmico, principalmente porque a tuberculose é uma doença que possui cura e cada um pode contribuir para essa conquista, com o objetivo principal de reduzir a cadeia de transmissão da doença e consequente redução das taxas de mortalidade decorrentes desta”, finaliza Faedra.