A união faz a força: enfermagem, médicos e bombeiros salvam vítima de acidente de trabalho

Quem nunca contou com atendimento prestado pelos profissionais de enfermagem? Desde o nascimento de uma vida, uma simples coleta de exame, uma consulta preventiva ou até mesmo nos momentos da perda de um ente querido, a enfermagem se faz presente. O atendimento humanizado parte de um princípio de que cuidar do ser humano exige um olhar sensível para a essência do ser, uma ação que reflete na qualidade da assistência, independentemente das circunstâncias.

A atuação da enfermagem também pode ser decisiva para salvar a vida de alguém. A agilidade, responsabilidade e a competência desses profissionais fizeram a diferença na vida de um rapaz de 33 anos, que sofreu um grave acidente durante o trabalho. No dia 8 de outubro, na cidade de Lucélia, a cerca de 10 km de Adamantina, no interior de São Paulo, um homem, que trabalhava em uma propriedade rural, teve seu braço esquerdo totalmente preso no rolamento de uma máquina de cana de açúcar.

Rapidamente o corpo de bombeiros foi acionado e, ao chegarem ao local, eles identificaram que o membro possuía sinais de trauma musculoesquelético e esmagamento total. E, para agravar ainda mais o quadro, caso removessem o braço do rapaz sem a devida assistência da equipe médica, ele poderia ter falecido ali mesmo.

 Como a região não possui o atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), a enfermeira Ana Paula Frasson Nardi e um médico de plantão do pronto socorro de Adamantina foram chamados. Prontamente eles se deslocaram até o local do acidente para fazer a retirada do paciente, que estava consciente, da máquina com estabilização imediata. Começava ali, uma luta contra o tempo.

Além da estabilização hemodinâmica, o procedimento foi realizado com analgesia e contou com total apoio dos bombeiros, resultando numa força tarefa para salvar a vida do rapaz. O homem foi encaminhado para a Santa Casa de Adamantina e, segundo a responsável técnica da instituição, Carolina Ridania Esterquile, infelizmente não foi possível salvar o braço, mas a vida sim. “Eles conseguiram trazê-lo com segurança, totalmente estabilizado e sem dor”. Carolina também destacou o trabalho da enfermeira Ana Paula, que acompanhou todo o processo de resgate. “Mais uma vez a enfermagem quebrou barreiras e lutou a serviço da vida. A Ana teve um papel fundamental durante a assistência. Ela trabalhou a favor do próximo e honrou a escolha da profissão, tenho orgulho da minha equipe de 160”, conta a responsável técnica.

A responsável técnica Carolina destacou e elogiou o trabalho desempenhado pela enfermeira Ana Paula

“Foi gratificante poder contribuir com o resgate. Ser enfermeiro é cuidar, é abraçar a causa, é sair da nossa zona de conforto e fazer o possível para ver uma vida ser salva. Isso é magnífico. São ações como essa que fazem tudo valer a pena. A enfermagem é a parte essencial do cuidado, cabe a nós, profissionais do cuidado, contribuir diariamente com o despertar da vida”, emocionada, declara a enfermeira Ana Paula.

A enfermeira Ana Paula foi essencial durante todo o processo de resgate

O rapaz está bem, mas ainda segue internado para exames e observações. Com certeza essa experiência será lembrada por ele, mas, jamais será esquecida por essas profissionais de enfermagem, que, mais uma vez, atuaram a favor da vida.