Evento promovido pelo Coren-SP debate Enfermagem Forense

O enfermeiro forense coleta evidências no corpo e no ambiente, que indicam causas de morte e atos de violência

A Enfermagem Forense é um vasto campo a ser explorado no Brasil. Reconhecida como especialidade pela Resolução Cofen 389/2011, a área reúne profissionais que são o elo entre a justi- ça e as ciências da saúde. O Coren-SP promoveu o evento “Enfermagem Forense: Desafios e Possibilidades”, nos dias 31 de agosto e 1º de setembro , com apoio do Coren-PR e do Hospital das Clínicas, que sediou as atividades.


A presidente do Coren-SP, Fabíola de Campos Braga Mattozinho, durante a mesa de abertura do evento

Na mesa de abertura, a presidente do Coren-SP, Fabíola de Campos Braga Mattozinho, destacou os desafios da Enfermagem Forense. “Precisamos descutir a regulamentação e formação dos profissionais para atuação na área de acordo com a realidade brasileira, uma vez que já temos profissionais atuantes sem o devido reconhecimento.” Também participaram da abertura oficial o deputado estadual Carlos Neder, representando a comissão de Saúde da Alesp; a presidente do Coren-PR, Simone Peruzzo; o representante da Secretaria Estadual de Saúde, Marco Antonio de Moraes, e a diretora de Enfermagem do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, enfermeira Solange Giglioli Fusco, que cedeu o espaço para realização do evento.  

Embora os seriados de ficção retratem os profissionais da área forense como CSI – sigla que significa investigador da cena do crime (Crime Scene Investigation) –, os enfermeiros que atuam neste campo não são responsáveis por desvendar casos. Eles constituem a interseção da justiça com a Enfermagem. “Cuidamos de pessoas em situação de violência, permanecendo neutros para não julgar”, esclareceu a enfermeira Karen na mesa “Panorama Mundial”, mediada pela presidente do Coren-SP.


A enfermeira Karen, que trabalha com Enfermagem Forense nos Estados Unidos 

A mesa temática sobre “Enfermagem Psiquiátrica Forense” contou com a participação do especialista em Enfermagem Forense e doutorando na área psiquiátrica, Rafael Braga Esteves, que proferiu a palestra “Enfermagem Psiquiátrica Forense: novo locus para as boas práticas”. A mediação foi do coordenador do GT de Saúde Mental do Coren-SP, João Fernando Marcolan, docente da Unifesp. Rafael esclareceu que as competências do enfermeiro psiquiatra forense devem se enquadrar à legislação de cada país. “No Brasil, desenvolvemos um trabalho junto aos ofensores e vítimas, ajudando a reintegrá-las à sociedade e a reestabelecer sua saúde mental, evitando revitimização”. 

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