Enfermagem gourmet: enfermeiras transformam amor e cuidado em temperos para a vida

“Esta bancada tem muita história para contar”, diz a enfermeira Eunice Yochie Teruya enquanto prepara, cuidadosamente, um Temaki de salmão com cream cheese. É em torno do balcão da cozinha que Eunice reúne, com frequência, amigos e familiares para compartilhar sua paixão pela gastronomia.

Descendente de japoneses, Eunice aprendeu com a mãe os segredos da culinária oriental e hoje prepara sushis, sashimis, temakis e outros pratos típicos, com muita técnica e desenvoltura. “É uma forma de mostrar o amor pelas pessoas. Quando cozinhamos, colocamos cuidado e o amor naquilo”, diz a enfermeira, que atuou por 28 anos em UTI pediátrica e hoje trabalha na assistência direta em uma universidade.

O cuidado começa na escolha dos ingredientes. Todos são criteriosamente selecionados em idas frequentes ao bairro da Liberdade, maior reduto da colônia japonesa em São Paulo. Eunice é quem faz a conserva de gengibre, que costuma acompanhar os pratos, e o tarê, molho oriental agridoce à base de shoyu. Para isso, segue alguns rituais. “Compro o gengibre sempre no mês de dezembro, que é quando ele ainda está novo e, portanto, menos fibroso”, explica.

Outra exigência é a procedência do peixe, que, muitas vezes, é pescado pelo marido Ailson. “Cozinhar é uma forma de compartilhar e é o momento em que conversamos sobre o nosso dia e relaxamos”, diz a enfermeira, que sempre fez questão de cozinhar para a família, mesmo com a correria do dia a dia.

Eunice é exigente na seleção dos ingredientes
Eunice é exigente na seleção dos ingredientes

Recentemente, a enfermeira Eunice aprendeu a preparar o Sukiyaki, prato típico do inverno japonês, servido em uma panela grande, em torno da qual as pessoas se reúnem para degustar as verduras, legumes e carnes que são cozidos em um caldo de peixe e shoyu. “É mais uma forma de unir as pessoas em torno do preparo da comida”.

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