Enfermagem em ação no combate à dengue

Surto da doença em cidades paulistas revela a importância dos profissionais da área, que assumem papel de liderança na coordenação das equipes

O alto número de casos de dengue registrados nos últimos anos trouxe grandes desafios para os profissionais de saúde, sobretudo os que atuam na área pública. Essa realidade fez com que profissionais de Enfermagem trabalhassem em ritmo intenso na prevenção e controle da doença e no atendimento à população. Na batalha contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti, as prefeituras dos dois municípios criaram ações focadas nos bairros e desenvolveram um cronograma de capacitações envolvendo principalmente as equipes de Enfermagem, responsáveis por atender os cidadãos e agir rapidamente na identifcação e tratamento de casos com as equipes médicas.

De acordo com Ana Carolina da Silva Braz, enfermeira e coordenadora da Atenção Básica de Limeira, cidade com 20 mil casos de dengue em 2015, o papel dessas equipes foi eficaz e fundamental por elas atuarem na assistência, nos prontos-socorros e unidades básicas de saúde desde a classificação de risco até a recuperação total do paciente. “Os enfermeiros, auxiliares e técnicos de Enfermagem são essenciais nos casos de dengue, porque são eles que estão próximos dos pacientes, acompanhando a evolução do quadro clínico. Considerando a gravidade dessa epidemia, é importante ressaltar que esses profissionais foram brilhantes, devido à dedicação de cada um deles que foram em busca de atualização e desenvolveram suas funções com muito empenho”, relata.

Embora considerado aspecto indispensável, a integração das equipes multidisciplinares foi apontado como um grande desafio. Ana Maria Leite Silva é auxiliar de enfermagem na UBS Ipaussurama, em Campinas, e concorda que o trabalho em conjunto resultou no crescimento profissional de todos os envolvidos. “A confiança dos médicos depositada em nós fez muita diferença porque nos permitiu ter autonomia em todos os processos”, relata.

Uma das primeiras cidades da região a desenvolver uma estratégia de trabalho conjunta entre a Secretaria de Saúde e as demais secretarias foi Campinas, promovendo desde a conscientização dos munícipes até o tratamento dos casos. “Enquanto a equipe de Enfermagem atendia aos pacientes, a Vigilância Sanitária estudava e realizava ações para o bloqueio dos casos, envolvendo os agentes comunitários de saúde e de controle ambiental para a remoção de criadouros, nebulização química, visita nas casas e educação em saúde”, destaca a enfermeira Eloísa Cristina dos Santos Costa, coordenadora da Vigilância Epidemiológica da região noroeste. 

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