Coren-SP debate Ensino a Distância (EaD) em audiência pública da Alesp
O Coren-SP segue firme em seu posicionamento contra o Ensino a Distância como ferramenta predominante de formação na área da Saúde. Nesta terça-feira, a autarquia participou de audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) sobre os impactos do decreto 9.057/2017, que flexibiliza a implantação de cursos nessa modalidade.
A conselheira Maria Cristina Massarollo representou o Conselho na mesa de abertura da, reafirmando a posição do Coren-SP “Não é possível alcançar à distância as competências necessárias para a formação profissional em enfermagem”, afirmou a conselheira, que é professora na Escola de Enfermagem da USP.
Além do Coren-SP, participaram da audiência pública representantes dos conselhos de fiscalização profissional de educação física, serviço social, farmácia, medicina veterinária, odontologia, psicologia, fisioterapia e biologia, além de representantes do Conselho Nacional de Saúde e da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED). O evento foi organizado pelo deputado estadual Carlos Neder (PT).
O deputado esclareceu que um projeto de lei de sua autoria, escrito em parceria com o ex-deputado Celso Giglio, está tramitando na Alesp. “No momento ele está na Comissão de Educação e Cultura desta casa. Convidamos todos os conselhos de fiscalização profissional da área da saúde, assim como a ABED, para lerem esse projeto e sugerirem modificações”, disse o deputado.
Zilamar Costa Fernandes, representante do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP), trouxe alguns dados preocupantes em sua fala. “Hoje, calculamos ter aproximadamente 2 milhões e meio de vagas de EaD na área da saúde no Brasil”, disse. A área da enfermagem corresponde a 72.830 vagas desse total.
Assim como o Coren-SP, todos os conselhos de fiscalização presentes se posicionaram de forma contrária ao ensino à distância nos cursos de graduação.