Coren-SP debate as questões éticas em relação à doação e ao transplante de órgãos

Um assunto importante e ainda pouco discutido foi abordado em evento do Coren-SP no dia 21/6, durante  o evento “Doação e transplante de órgãos: conflitos éticos no processo de doação de órgãos para transplante”.

A  atividade destacou o papel dos profissionais de enfermagem nas equipes de transplante, sobretudo em relação à comunicação com as famílias dos pacientes doadores. “Muitas vezes a família não entende que seu parente morreu, apesar de ele ainda apresentar batimentos cardíacos”, explicou o enfermeiro Edvaldo Leal de Moraes, que atua na área de doação de órgãos no Hospital das Clínicas da USP e foi um dos palestrantes da tarde.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Uma das soluções para esse problema, segundo Edvaldo, é a educação e a conscientização da população. “A doação de órgãos é um processo complexo e a educação da sociedade é um pressuposto para mudar os paradigmas em relação a esse tema”, opinou.

A segunda palestra da tarde foi ministrada pelo enfermeiro João Luis Erbs Pessoa, diretor técnico da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos do Estado de São Paulo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ele defende que as famílias dos pacientes devem participar do diagnóstico de morte encefálica. “Isso geraria maior compreensão na hora de se decidirem pela doação dos órgãos”, destacou João Luis, que finalizou sua palestra com dados negativos sobre a realidade brasileira no cenário mundial de transplantes de órgãos. “O Brasil está atrás de países como Argentina, Uruguai e Chile na quantidade de doadores de órgãos. Estamos com apenas 20 doadores por milhão de habitantes, enquanto a Espanha, por exemplo, tem 40”, alertou.