Com vocês, a arte da humanização

“Viver e não ter a vergonha de ser feliz. Cantar e cantar e cantar…”. Quem entoa a música “O que é, o que é”, de Gonzaguinha, é a Dra. Araratinha, que percorre os quartos e corredores do Hospital de Transplantes Euryclides de Jesus Zerbini, na capital paulista, para levar humor e descontração aos pacientes. Vestida com um jaleco branco e assessórios inusitados, como um nariz de palhaço, ela, junto com o Dr. Bem Te Vi, alegra a tarde de dezenas de pessoas internadas nos hospitais de São Paulo.


Cães fazem a alegria da criançada e ajudam a esquecer os problemas de saúde

O costureiro Roberto Santos é uma prova disso. Em recupera- ção de uma cirurgia de retirada de pedra no rim, ele teve uma tarde diferente na companhia dos dois palhaços e aproveitou para interagir com outros pacientes, entre eles, Lourdes Dias, que se recuperava do mesmo tipo de operação. A Drª Araratinha Gravatinha é a técnica de enfermagem Kátia Safra, que atua há 24 anos no Hospital Albert Einstein.

Com nome de uma ave e sobrenome de uma massa, ela integra a família de palhaços da ONG Canto Cidadão, que conta com 200 voluntários. Já o Dr. Bem Te Vi Ravioli é Felipe Mello, um dos fundadores da ONG, que leva suas ações para vários hospitais da Grande São Paulo há 15 anos. Propor bons encontros é, segundo Mello, uma das propostas da iniciativa. E é assim que acontece.

O encontro de Lourdes e Roberto durante a internação não foi por acaso. Ele foi embalado pelas brincadeiras dos dois palhaços. “É difícil a gente se desligar. Confesso que estava pensando no trabalho que deixei antes de fazer essa cirurgia.

Depois da conversa até relaxei”, comenta Roberto. Adiante, mais um encontro. Desta vez com a companheira de quarto de Lourdes, Eliane Alves, em tratamento de um cálculo renal. “Estou ansiosa. Pensei que teria alta, mas pediram mais exames. Agora, aguardo pelos resultados”, disse a dona de casa. Então, a Drª Araratinha medicou Eliane com uma dose de “tranquilidade”, “revitalizantes”, e de “tudo vai dar certo”, tirando um largo sorriso do rosto da paciente. “É bom vê-los levando alegria, olhando para as pessoas e dando atenção mesmo sem conhecer os pacientes”, elogiou Eliane. 

VEJA A ÍNTEGRA DA MATÉRIA, PUBLICADA ORIGINALMENTE NA EDIÇÃO 17 DA ENFERMAGEMREVISTA, AQUI